O gato e seu comportamento diferente do cão.

Diferentemente dos cães, os gatos são animais solitários e não de matilha. Por isso, a maior dificuldade em dominar um gato, se comparado a um cão. 


Seus parentes silvestres determinam, cada um, seus territórios de extensões variadas, percorrendo-o em busca de presas e dispostos a enfrentar qualquer intruso que tente competir pelo espaço. A relação com outros da mesma espécie se resume ao momento do acasalamento e á criação dos filhotes pela fêmea. 

O gato tem hábito noturno, sendo evidente sua maior disposição nesse período. A habilidade felina é indiscutível, mesmo porque é através dela que se tornam tão excelentes caçadores. Os gatos caseiros não caçam para saciar a fome, mas sim pelo prazer de brincar com a presa, como se fosse um esporte, o qual, quanto mais desafiante melhor, como no caso da caça aos pássaros. Contudo, não é agradável para o dono ter um gato que mate outros animais e, ainda, ao comer a presa pode contrair uma doença, portanto, é melhor evitar esse esporte substituindo-o por outro, como, por exemplo, Ter hábito de brincar com ele. Gatos gostam de bolinhas, de saltar e de explorar o ambiente como numa brincadeira de esconder. Também gostam e necessitam de afiar as garras em árvores. 

Além de habilidosos, os gatos são animais inteligentes e podem aprender a abrir portas, roubar alimentos sem deixar pistas ou mesmo aprender a urinar e a defecar no local desejado. Porém, diferentemente dos cães, aprendem melhor observando outros gatos (como a mãe, no caso dos filhotes) ao invés de aprender com o dono, induzidos por prêmio ou punição. E, além de inteligentes, têm muito boa memória (para guardar o caminho de casa ou para saber que certas atitudes que produzem ruídos chamam a atenção do dono) e muita sensibilidade (suas capacidades visuais, auditivas e de perceber vibrações são mais aguçadas que as nossas). 

Gatos são muito carinhosos com os donos e o demonstram com atitudes como lamber-lhes as mãos, acariciá- los com as patas dianteiras (como fazem os filhotes com a mãe quando querem mamar) e ronronar para mostrar que estão se sentindo bem. 

Distúrbios comportamentais são raros nos gatos, justamente por serem muito independentes emocionalmente, de seu dono, mantendo a personalidade natural. Educar um gato é difícil, pois ele costuma associar a bronca e o prêmio à pessoa e não à ação que cometeu. O ideal é aproximar os hábitos desejados o máximo possível do que seria na natureza para um gato silvestre. Nas questões de higiene isso não é difícil, já que o gato é, por natureza, um animal limpo e que não suporta sentir-se sujo, nem mesmo num ambiente sujo – daí o seu hábito de lamber-se constantemente. 

A agressividade é rara. O que pode ocorrer é uma timidez exacerbada e medo que podem manifestar alguma agressividade como defesa. Isso geralmente ocorre devido a mudança de casa, a pouco contato com o dono ou com gatos que apanham de pessoas. 

A rivalidade entre gatos não é considerada como um desvio de comportamento, já que entre os machos, assim como entre as fêmeas, existe naturalmente uma hierarquia de dominância. Para evitar, os confrontos, deve-se criar juntos os animais desde jovenzinhos, permitir-lhes ter espaço, evitando mantê-los fechados; castrá-los quando não são pretendidos à reprodução e dar-lhes a atenção merecida diariamente.

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